sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

ENTENDA O GRUNGE

Se vocÊ gosta de grunge, aquele movimento que deixou o mundo de cabelos em pé, vai uma dica de discografia pra entender como era um pouco do som predominante dos anos 90.Vai de NIrvana passando por Soundgarden, Mudhoney, Pearl Jam, Screaming Threes e por ai va. Segue a listinha com os cds:

Fotos e trextos retirados do Almanaque do Rock

Reprodução /Reprodução

In utero - Nirvana (Geffen, 1993)

Gravado com perfeição pelo herói underground Steve Albini, "In utero" é o resumo exato de tudo que o grunge significou: peso, lentidão, punk, metal, pop, sarcasmo e um senso de humor inteligente, despretensioso e que vivia em constante flerte com o abismo. Ainda não inventaram termo mais adequado para definir algo assim do que "obra-prima".

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Nevermind – Nirvana (Geffen, 1991)

Em 1991, o Nirvana já tinha deixado de ser uma banda obscura – de uma cidade mais obscura ainda – para ser um nome conhecido no circuito universitário dos EUA. Para o segundo disco, Kurt Cobain queria se distanciar da sujeira lo-fi de "Bleach" e partir para refrões mais melódicos, inspirados em seus heróis R.E.M. e Pixies.

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Every good boy deserves fudge – Mudhoney (Sub Pop, 1991)

Se "Superfuzz Bigmuff" é o disco clássico do Mudhoney, "Every good boy..." é onde o quarteto eleva a riqueza de suas referências underground à máxima potência. Aqui, a podreira herdada dos Sonics e Stooges, que delineou o início da carreira do grupo, se encontra com raízes mais profundas, como a surf music e o blues.

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Superunknown – Soundgarden (A&M, 1993)

O Soundgarden sempre representou a variável metal na equação do grunge. Mas o background punk dos integrantes da banda – especialmente do guitarrista Kim Thayil – evitou que eles ficassem ao lado de Metallica e Guns N' Roses na história do rock.

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Bricks are heavy – L7 (Slash, 1992)

Quando o grunge parecia irremediavelmente dominado por machos atormentados de Seattle, um quarteto de garotas da Califórnia jogou tempero na mistura. Gravado por Butch Vig, mesmo produtor de "Nevermind", "Bricks are heavy" era sujo como um disco grunge tinha que ser, mas trazia ironia, engajamento e diversão em doses inéditas entre as 40 mais tocadas nas rádios de então

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Sweet oblivion – Screaming Trees (Epic, 1992)

De todas as bandas do grunge, o Screaming Trees talvez seja a que mais tenha dado continuidade à trilha aberta por bandas como Replacements, Pixies e R.E.M. nos anos 1980. Em adição ao college rock desses nomes, porém, Mark Lanegan e os irmãos Gary Lee e Van Conner incorporaram referências da psicodelia, do folk, do country e do hard rock, criando uma obra tão única quanto subestimada.
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Stoner witch – Melvins (Atlantic, 1994)

O fato de um disco como "Stoner witch" ter sido lançado por uma grande gravadora é prova do delírio dos anos grunge e do poder da palavra de Kurt Cobain. Idolatrados pelo líder do Nirvana, King Buzzo e cia. lançaram três primores do horror pela Atlantic, dos quais este é o segundo.

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Ten – Pearl Jam (Epic, 1992)

Ainda que muitos torçam o nariz para os trejeitos hard-rock deste disco – que a banda tentou escamotear a todo custo no decorrer da carreira –, é inegável que "Ten" teve um papel central na explosão não só do grunge mas de todo o chamado rock alternativo.
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Jar of flies – Alice In Chains (Columbia, 1994)

Depois da detonação desenfreada de "Dirt", "Jar of flies" soou como o primeiro passo de sensatez depois da ressaca. Aqui, o guitarrista Jerry Cantrell assume mais intensamente a parte criativa e explora como nunca suas influências de blues e country.

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Superfuzz Bigmuff + early singles - Mudhoney (Sub Pop, 1990)

Para bom entendedor, o título desse disco diz muito. Juntos, os pedais de efeitos Superfuzz e Bigmuff criaram o drive que delimitou a fronteira entre o garage punk do Nordeste americano – símbolo da vizinha Bellingham, lar da Estrus e dos Mono Men – e o grunge de Seattle. Se o grunge existe, disse Mark Arm, ele é um estilo de guitarra. Se levarmos isso como verdade absoluta, este disco é o grunge.

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Incesticide – Nirvana (Geffen, 1992)

Apesar de sofrer com a falta de unidade, esta compilação traz um retrato fundamental do processo de transição da banda barulhenta e indigesta de "Bleach" para a plenitude barulhenta e pop de "Nevermind". Fruto de gravações feitas entre 1988 e 1991, estão aqui desde o cover indie-punk de "Molly's lips", dos Vaselines, a "Aneurysm", épico que antecipa os melhores momentos de "Nevermind" e "In utero".

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Solid action – U-Men (Chuckie Boy, 2000)

Apesar de ter sido lançado em 2000, "Solid action" é um ajuste de contas com raízes muito remotas do grunge. Reunindo músicas compostas entre 1984 e 1989, esta coletânea resgata com precisão a carreira errática de um dos pioneiros do som de Seattle. Junto com Melvins, Soundgarden e Green River, os U-Men foram uma das primeiras bandas da região dignas de atenção externa.

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Wrecker! – Mono Men (Estrus, 1992)

Vindos da barulhenta Bellingham, vizinha de Seattle no estado de Washington, os Mono Men eram os principais expoentes do selo Estrus, que revelou bandas como Man or Astro-man? e Mummies.

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Down on the upside – Soundgarden (A&M, 1996)

Em 1996, o mundo do rock já vivia a decadência do grunge comercial. A morte de Kurt Cobain, dois anos antes, e a ascensão do britpop e da música eletrônica aceleravam o final do prazo de validade dos últimos remanescentes. Em seu último disco, o Soundgarden refinou ainda mais o lado progressivo e psicodélico de "Superunknown" e levou o grunge à inevitável singularidade, ao limite em que ele deixou de ser o que era para se tornar outra coisa.

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Fontanelle – Babes in Toyland (Reprise, 1992)

Aos olhos do mercado, o Babes in Toyland sempre foi "a banda de meninas número dois" do grunge. Por isso, suas músicas elegantes e inteligentes nunca tiveram o impacto que poderiam ter tido. "Fontanelle" é um marco na história do movimento riot-grrrl, por sua crueza, pela ferocidade das letras e pelo auge interpretativo de Kat Bjelland.






















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