Extraído do site DOSOL
Por Foca
O Festival Mundo chega na sua 4ª edição fazendo uma visível alteração estética: trocou o grande palco/espaço da edição do ano passado por um lugar menor e investiu pesado em conteúdo. Uma escolha acertada. Cerca de 300 pessoas circularam ontem no primeiro dia de shows e para hoje a tendência é no mínimo dobrar segundo os organizadores.
Algumas ressalvas ficam como alerta (que dá para ser resolvido até hoje mesmo com algum esforço). A sonorização foi um problema em quase todos os shows. Frequências emboloadas, P.A mal afinado e um equipamento mal cuidado exigem muito mais das bandas na hora de acertar o som. Por isso, quem passou os instrumentos a tarde levou vantagem. Fica o alerta para hoje. Outra coisa ruim é que a produção permite que as pessoas entram e saiam do festival (prática pouco comum em outras praças), deixando alguns shows com público maior e outros nem tanto. Se é costume da cidade, que possamos tentar mudar esse costume. É para isso que festivais de música independente servem também.
O Festival Mundo chega na sua 4ª edição fazendo uma visível alteração estética: trocou o grande palco/espaço da edição do ano passado por um lugar menor e investiu pesado em conteúdo. Uma escolha acertada. Cerca de 300 pessoas circularam ontem no primeiro dia de shows e para hoje a tendência é no mínimo dobrar segundo os organizadores.
Algumas ressalvas ficam como alerta (que dá para ser resolvido até hoje mesmo com algum esforço). A sonorização foi um problema em quase todos os shows. Frequências emboloadas, P.A mal afinado e um equipamento mal cuidado exigem muito mais das bandas na hora de acertar o som. Por isso, quem passou os instrumentos a tarde levou vantagem. Fica o alerta para hoje. Outra coisa ruim é que a produção permite que as pessoas entram e saiam do festival (prática pouco comum em outras praças), deixando alguns shows com público maior e outros nem tanto. Se é costume da cidade, que possamos tentar mudar esse costume. É para isso que festivais de música independente servem também.
A escalação dos shows e a pontualidade monstraram a competência da equipe em estruturar as apresentações. Às 21h em ponto o Outona (PB) começou o seu show com um emo moderno tocado por uma turma bem nova (o guitarrista parecia ter 15 anos). Boa pegada com bons músicos mas tenho certeza que a próxima banda de cada um deles vai ser bem mais interessante que essa. É um processo natural.
O Camarones Orquestra Guitarrística (RN) veio de Natal se apresentar pela primeira vez em festival fora do seu estado de origem e fez um bom show. O som não ajudou no começo, mas do meio pro fim a turma engrenou e mostrou vigor nas interpretações. O número de bons grupos que “limam” o vocalista está só aumentando Brasil afora. Despretensão a serviço da música instrumental, um bom rumo a seguir.
O Calistoga (RN) também sofreu um pouco para acertar o som e levou seu rock forte, sempre resvalando no hardcore, para o bom público que já assistia as apresentações. O grupo é coeso, tem boas músicas e pode alçar vôos maiores em breve. Dante ontem estava com a voz ruim, mas segurou as notas altas com muito esforço até o final.
O Star61 (PB), banda muito popular aqui na Paraíba, mostrou a força das suas músicas na hora em que o som estava no seu pior momento - fato que quase bota a perder a apresentação do grupo. Flaviano é um dos front mans mais legais do Brasil com seu jeito “gay maldito” de comandar as apresentações. Quando solta o violão então, aí vira bicho e é difícil segurar. Foi uma festa! No final tocou uma dos Secos e Molhados e ainda chamou Márvio do Cabaret para fazer uma capela de uma música dos anos 80 ícone da cena gay (me ajudem no nome e no autor dessa música nos comentários).
O Star61 (PB), banda muito popular aqui na Paraíba, mostrou a força das suas músicas na hora em que o som estava no seu pior momento - fato que quase bota a perder a apresentação do grupo. Flaviano é um dos front mans mais legais do Brasil com seu jeito “gay maldito” de comandar as apresentações. Quando solta o violão então, aí vira bicho e é difícil segurar. Foi uma festa! No final tocou uma dos Secos e Molhados e ainda chamou Márvio do Cabaret para fazer uma capela de uma música dos anos 80 ícone da cena gay (me ajudem no nome e no autor dessa música nos comentários).
O Cabaret (RJ) veio com tudo para estas apresentações no Nordeste. Já no começo da sexta o jornalista pernambucano Bruno Nogueira tinha comentado comigo que a banda capitaneada pelo excelente vocalista Márvio dos Anjos tinha “moído” em Recife. O que o Cabaret faz no seu som e tudo ponte para que seu vocalista brilhe, e os outros membros parecem não se incomodar com isso, o que é ótimo! As músicas são todas clichês de bons rocks daqueles “grandões” dos anos 70. Riffões, bateria reta e precisa, tudo para deixar o vocalista comandar o show. Beijos na platéia, danças, estripulias com Flaviano do Star61 e tudo isso cantado e muito bem - o que é o mais importante. Marvio é artista, mesmo que alguns achem que isso é um posicionamenteo falido ou fadado ao fracasso. Ele não se importa e no palco curte o momento. Muito bom de ver e ouvir!
Já com a sonorização bem ajustada vinda da apresentação anterior (e não por acaso foram os únicos grupos a passarem o som) o Macaco Bong (MT) mostrou porque hoje é um dos grupos mais importantes da música indie nacional. O grupo faz uma espécie de mantra nervoso para levar o ouvinte onde ele nunca foi e o mais impressionante é que conseguem. O baterista dos Camarones, pouco acostumado a assistir grupos desse tipo, parecia hipinotizado na frente do palco. Uma cena surreal. Retundante dizer que foi magnífico, que os timbres estavam ótimos, que a precisão do trio é sensacional. Ontem eles pareciam estar num dia especial.
Foi um ótimo encerramento de noite premiando o esforço da produção do festival. Hoje tem muito mais!
Fotos: Ana Morena E Anderson Foca
Foi um ótimo encerramento de noite premiando o esforço da produção do festival. Hoje tem muito mais!
Fotos: Ana Morena E Anderson Foca
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